Sou a Gifrana uma personagem criada pelas alunas do IPA, Ana Cristina Francielle e Giana do 2º semestre de pedagogia. Temos o mesmo objetivo,ser um melhor profissional da educação.
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Filme: O Leitor**

Resenha do filme: O leitor,proposto pela professora Eunice da disciplina Curriculo e Cultura.

SCHILINK, Bernhard. Filme: O Leitor. 5 Indicações ao Oscar 2009.Direção de Stephen Daldry.Brasil: 2008
A história apresentada no filme é encontrada mais completa no livro O Leitor de Bernhard Schlink, trata o analfabetismo de um ponto de vista interessante:
Hanna é uma mulher de mais de trinta anos que se envolve com um garoto de quinze anos, chamado Michael. Durante um período, Michael lê histórias para ela em seus encontros amorosos, mas o relacionamento não dura muito. Anos depois eles se reencontram em um tribunal, no qual Hanna está sendo acusada de um crime político. Durante o julgamento, Michael, então estudante de direito, intui que Hanna esconde algo. Em um momento crucial ela é acusada de ser autora de um relatório, algo que inicialmente é negado, mesmo assim, o juiz pede uma avaliação de sua caligrafia para poder conferir a autenticidade da letra. Então, a personagem assume a autoria desse documento de modo que não seja revelado seu segredo: Hanna é analfabeta. Michael fica profundamente perturbado, ao saber que o juiz a sentenciou com a prisão perpétua. Porém, ele chega à conclusão que se revelasse o analfabetismo dela poderia diminuir seus dias na prisão, contudo, expô-la, seria revelar ao mundo sua fragilidade. Hanna fez sua escolha: para ela seria melhor viver na prisão com dignidade ao ter que assumir sua condição. Vale acrescentar, que a protagonista tem uma personalidade muito forte e autoritária e muitas vezes insensível. Essa postura de Hanna é uma forma de se impor toda vez que se sente inferiorizada ou prejudicada por não ser alfabetizada.
Outro aspecto interessante é quando Michael, lembrando de sua adolescência quando lia para Hanna. Então, decide narrar histórias e gravá-las em fitas para mandar para a prisioneira. Com o passar dos anos a personagem aprenderá através de livros emprestados da biblioteca da prisão assim como com o auxilio dos materiais gravados por Michael a ler.
Acreditamos que o autor do livro e posteriormente do filme quis apresentar que o analfabeto recebe preconceito, e que ele também se julga. O filme mostra até que ponto a vergonha de ser analfabeto pode chegar, a história de romance e suspense, nos envolve do início ao fim. Trazendo essa questão para os dias de hoje aqui no Brasil, por exemplo, a taxa de analfabetismo vem baixando, alguns programas como a Educação de Jovens e Adultos é um ótimo incentivo a quem quer voltar a estudar, a meu ver as pessoas estão mais interessadas em aprender a ler e escrever, até pelo fato de melhores empregos e também para acompanhar a evolução da tecnológica (que de certa forma traz estimulo para aprender a escrever e ler). Portanto o analfabeto tem currículo e cultura, ele não é burro, ele sabe a linguagem falada e vivida, faltando apenas à linguagem escrita que não deixa de ser importante, mas que pode ser conquistada com qualquer idade.

Referências Bibliográficas:
Site sobre as estatísticas do analfabetismo no Brasil:
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/educacao.html

Um comentário:

Unknown disse...

Refletindo sobre esse filme e lendo essa critica, fiquei com uma certa duvida, ninguém é mal voluntariamente? e conhece-te a ti mesmo. Como podemos analisar essa conexão?

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